Blog Oficial

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Dicas para evitar a salmonela


Você sabia que é preciso lavar os ovos?


Seis em cada dez pessoas que consomem ovos crus ou mal cozidos já tiveram febre, diarreia, dor de estômago e náusea, segundo pesquisa realizada pela nutricionista Daniele Leal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba (SP).

“Esses sintomas, aí incluídos calafrio, vômito, mal-estar e dor de cabeça, são causados pela salmonela, uma bactéria presente na casca do ovo e que desde 1999 é a principal causadora de surtos de contaminação alimentar no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde”, completa ela.

Além de evitar consumir o alimento cru ou mal-cozido, uma dica para evitar a doença élimpar os ovos e tirá-los da embalagem antes de guardá-los na geladeira. Além disso, é bom não deixá-los na porta, já que o abrir e fechar pode causar rachaduras e permitir a entrada da bactéria no ovo.

A nutricionista da Esalq-USP explica que o habitat da salmonela é o intestino da galinha, daí a contaminação da casca acontecer na hora em que o ovo é posto. Isso também explica por que outros alimentos podem ser infectados com a bactéria se o cozinheiro manipular o ovo e, na sequência, mexer em outras comidas sem antes lavar a mão com água e sabão ou detergente.

Na hora do consumo, antes de quebrar o ovo, é preciso lavá-los: "O correto é lavar o ovo com água corrente, secar a casca, quebrá-la e, na sequência, lavar e secar as mãos para evitar que outros alimentos sejam contaminados pela salmonela", diz a nutricionista Daniele Leal.


Nada de se automedicar


Os sinais de uma infecção por salmonela demoram entre 18 e 36 horas para aparecer e podem durar alguns dias. “Seja qual for o caso, é preciso consultar um médico, especialmente se a pessoa tiver diarreia por mais de dois dias ou as fezes apresentarem sangue”, alerta a nutricionista Yone Yamaguchi Itabashi, analista de processos de gerência de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Quanto ao tratamento, o infectologista Ricardo Cantarim Inacio, da Santa Casa de São Paulo e do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, conta que ele é feito com antibióticos, analgésicos, antitérmicos e hidratação por sete a 14 dias.

E atenção: nada de se automedicar ou esperar os sintomas passarem. É que, embora a salmonela mais facilmente encontrada em alimentos (a Salmonella enteretidis) dificilmente levar à morte, há outras versões da bactéria que são letais.

É o caso da Salmonella typhimuriem, que se não for tratada pode cair na corrente sanguínea e causar infecção generalizada; e da Salmonella typhi, capaz de levar à febre tifoide”, alerta a nutricionista Daniele Leal.


Veja dicas de como escolher, limpar, guardar e preparar ovos.

Na hora da compra, verifique as condições dos ovos. Além de olhar a data de validade e pegar os que estão mais frescos, leve apenas ovos que estejam limpos e inteiros

"Seja qual for o tipo, a cor do ovo ou a origem dele, é preciso lavá-lo com água corrente e secar a casca antes de quebrá-la", ensina a nutricionista Daniele Leal. Ela também alerta que o ovo orgânico não está livre da bactéria. "Não é porque a alimentação da galinha é livre de agrotóxicos que o ovo produzido por ela está livre de salmonela"

"Ovos que estiverem com a casca rachada ou quebrada devem ser descartados, pois a salmonela pode migrar e atingir a clara e a gema, além de infectar os outros ovos da caixa", avisa a nutricionista Daniele Leal, da Esalq-USP

Em casa, limpe os ovos antes de guardá-los na geladeira. Mesmo que os ovos vindos do supermercado estejam branquinhos, o que é um sinal de que foram higienizados pelo produtor, é preciso tirá-los da caixa de papelão, que pode estar contaminada com a salmonela.


"Na sequência, remova poeira, terra e resíduos de fezes da casca com pano ou papel seco, já que a casca úmida facilita a penetração da bactéria na gema e na clara. Depois, guarde o ovo na geladeira, dentro de um pote de plástico ou de vidro com tampa para evitar o contato com outros alimentos e diminuir o risco de infectá-los", ensina a nutricionista Daniele Leal. Em tempo: não use recipiente de madeira, pois eles são porosos e, por isso, fonte fácil de contaminação.

Guarde os ovos dentro da geladeira, e não na porta. A orientação, do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado ao governo, tem a ver com o risco de, com as batidas da porta, os ovos racharem ou quebrarem e a salmonela atingir a clara e a gema.

Na hora do consumo, antes de quebrar o ovo, é preciso limpá-lo novamente. "O correto é lavar o ovo com água corrente, secar a casca, quebrá-la e, na sequência, lavar e secar as mãos para evitar que outros alimentos sejam contaminados pela salmonela", diz a nutricionista Daniele Leal.

Não coma ovo cru nem mal passado. Segundo a nutricionista Yone Yamaguchi Itabashi, analista de processos de gerência de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, fritar o ovo deixando a gema mole ou usá-lo em receitas que não vão ao fogo nem ao forno, como mousse, maionese e cobertura de bolo, é arriscado. "Tanto a gema quanto a clara devem estar bem cozidas", completa ela.

Cozinhe bem o ovo. A nutricionista Daniele Leal afirma que o correto é cozinhar o ovo por sete minutos, que devem ser contados a partir do momento que a água começar a ferver.



Nenhum comentário:

Postar um comentário