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terça-feira, 28 de agosto de 2012

Enxaqueca, o que é, e o que fazer.

O que é Enxaqueca?


A enxaqueca é um dos tipos de cefaleia (dor de cabeça). A localização da dor normalmente é de um lado da cabeça, às vezes, dos dois.


Tratamento de Enxaqueca

Somente o médico pode dizer qual a melhor medicação para quem sofre de enxaqueca, mas as crises podem ser reduzidas ao evitar os fatores desencadeantes.

O que fazer quando estiver em crise?


•Esteja sempre preparado: os portadores devem ter a medicação para as crises sempre à mão

•Em caso de dor intensa, procure um local fresco e escuro para recostar, mas não deite

•Coloque gelo sobre as áreas doloridas

•Tome o medicamento recomendado pelo seu médico, mas nunca mais de duas vezes por semana

•Beba muita água e coma moderadamente

•Descanse.


Causas


Os fatores mais frequentes que podem iniciar uma crise são:

1. Alimentos e bebidas


•Queijos amarelos envelhecidos

•Frutas cítricas (principalmente laranja, limão, abacaxi e pêssego)

•Banana (principalmente d'água)

•Linguiças

•Salsichas e alimentos de coloração avermelhada, em conserva

•Frituras e gorduras

•Chocolates

•Café, chá e refrigerantes à base de cola

•Aspartame (adoçante artificial)

•Glutamato monossódico (tipo de sal usado como intensificador de sabor, principalmente em comida chinesa)

•Vinhos (principalmente o tinto)

•Cervejas e chope.


2. Hábitos alimentares e sono

•Ficar mais de cinco horas seguidas sem se alimentar

•Dormir mais ou menos do que o de costume.

3. Variações bruscas de temperatura e umidade do ar

•Entrada em ambientes frios, estando antes em ambiente quente e viceversa

•Ingestão de líquidos gelados com o organismo aquecido ou suando muito.

4. Fatores hormonais, emocionais e estresse

•É muito comum mulheres portadoras de enxaqueca apresentarem dor nas fases pré, durante ou após a menstruação

•Muitas mulheres têm as crises pioradas a partir do momento que iniciam o uso de anticoncepcionais orais

•Na menopausa, muitas mulheres melhoram espontaneamente e voltam a piorar quando iniciam a reposição hormonal.


Evite seis hábitos para prevenir a enxaqueca


As causas são genéticas, mas os sintomas podem ser desencadeados pelo estilo de vida.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBC), cerca de 30 milhões de brasileiros sofrem de enxaqueca e, dentre esses, 75% são mulheres. "Muitas podem ser as causas da enxaqueca, desde problemas tensionais, normalmente associados ao estresse, até resultantes de tumores, aneurismas, medicamentos fortes e até ressaca", ensina a especialista.


Quem sofre com a dor insuportável sabe o quanto é difícil ficar simplesmente esperando que ela passe. Mas, para além dos vários tratamentos para o problema, existem alguns hábitos que quem quer se livrar de vez da enxaqueca, deve abandonar. 

Abuso de analgésicos


Quem abusa de analgésicos para se livrar da dor, ou seja, toma mais de um comprimido por semana corre o risco de alimentar a própria dor. "O analgésico bloqueia todos os mecanismos de defesa natural para combate da dor de cabeça. O uso prolongado e indiscriminado desse tipo de medicamento faz com que o corpo fique dependente do medicamento", explica a neurologista Claudia Klein, especialista do Minha Vida.

Em outras palavras, o organismo fica viciado a tal ponto que passa a "produzir" a dor para que o analgésico precise agir. Além disso, o analgésico também impede a produção de serotonina, hormônio neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar e relaxamento, agravando a dor depois de certo tempo. "Muitas pessoas costumam tomar o analgésico ao menor sinal de dor e, assim, esquecem de tratar o problema. É preciso buscar tratamentos reais com medicação indicada o médico especialista", aconselha Claudia Klein.



Má alimentação

De acordo com a neurologista, alguns alimentos devem ser evitados por quem sofre de enxaqueca, como, por exemplo, o aspartame, condimentados, leite e derivados, alimentos cítricos, chocolate e café. "Esses alimentos contêm substâncias que interagem com a bioquímica cerebral do organismo, alterando a ação de determinadas enzimas e diminuindo a quantidade de serotonina, hormônio ligado à enxaqueca", explica Claudia Klein. Além disso, a especialista afirma que pior do que o consumo desses alimentos, é ficar em jejum por tempo prolongado - mais de 4 horas sem comer - ou ter uma alimentação baseada em frituras e doces, por isso, ter um cardápio equilibrado e controlado é uma ótima medida preventiva.


Tabagismo

Que fumar é uma bomba para o organismo, todo mundo já sabe. A novidade é que, além de todos os males, a nicotina ainda é associada à alteração da circulação sanguínea e enrijecimento dos vasos sanguíneos, o que, segunda a neurologista Claudia Klein, também pode acabar provocando a enxaqueca. Além disso, um recente estudo norueguês publicado pela revista médica Neurology avaliou seis mil estudantes e descobriu que o tabagismo, associado ao sobrepeso e ao sedentarismo, triplica as chances de jovens desenvolverem enxaqueca. Os autores disseram não ter ficado claro se esses fatores do estilo de vida provocam a cefaleia ou se eles agem mais como desencadeadores em jovens já vulneráveis. Pelo sim, pelo não, é melhor prevenir e ficar longe do cigarro.


Ser sedentário

Um dos grandes males da população, o sedentarismo afeta em muitos aspectos a qualidade de vida. Além de contribuir para o surgimento de obesidade, hipertensão, diabetes e problemas cardíacos, o sedentarismo é uma porta aberta para a enxaqueca.

Uma pesquisa conduzida na Suécia demonstrou que pessoas que se envolvem em um programa de atividades aeróbicas apresentam queda significativa na frequência e intensidade das dores de cabeça crônicas e enxaqueca. O programa de treinamento aplicado na pesquisa consistia em treino de 40 minutos de bicicleta ergométrica praticada três vezes por semana.

"A pessoa que sofre de enxaqueca já tem uma produção baixa de serotonina, e os exercícios físicos estimulam a produção desse hormônio. Se a pessoa não fizer nenhum tipo de atividade que compense essa baixa, vai ser difícil reverter o quadro", explica a neurologista Claudia Klein.



Consumir álcool

Como a enxaqueca é um problema de origem vascular, cuja dor é provocada pela contração e dilatação dos vasos sanguíneos, o consumo de bebidas alcoólicas pode ser uma opção ruim para quem lida com o problema. A especialista Claudia Klein explica: "As bebidas alcoólicas quando ingeridas em excesso provocam dilatação dos vasos do corpo e do cérebro, o que acaba acentuando o incômodo da enxaqueca."


Se render ao estresse

Tudo o que gera estresse e desequilíbrio para o organismo pode agravar a enxaqueca de quem já tem predisposição. Trabalho em excesso, ficar sem comer por muito tempo, nervosismo, insônia ou dormir pouco, chateação e outros problemas emocionais podem ser uma porta aberta para a dor incômoda. Quem sofre com os dramas do estresse, deve procurar tratamento. Buscar métodos, como massagem e acupuntura, e dar mais valor ao momentos de lazer e relaxamento são atitudes importantes. "A acupuntura é bem eficiente, pois provoca microestímulos que ajudam o corpo a recuperar o equilíbrio de forma natural", garante a neurologista Claudia Klein.


Você sabe se proteger da dor de cabeça?


Adotar alguns hábitos pode diminuir a frequência das crises

A cabeça lateja e a dor que começa fraquinha muitas vezes cresce até ganhar uma intensidade maior. Quem sofre com dores de cabeça não está sozinho nesse desconforto. Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, aproximadamente 35 milhões de brasileiros sofrem com esse problema. De acordo com a SBC, temperaturas maiores do que 30 graus causam uma dilatação nas artérias do couro cabeludo, provocando dor de cabeça nas pessoas que são propensas a terem enxaquecas. Somado a isso, o nosso corpo passa por mudanças mais bruscas de temperatura sempre que entramos em cômodos com ar condicionado.


Além dos problemas com temperaturas, a falta de cuidados simples, como a alimentação e as noites mal dormidas, aumenta significantemente os casos de dor de cabeça. Segundo a SBC, muitas crises poderiam ser evitadas.

Segundo a Sociedade Internacional de Cefaleia, o termo cefaleia engloba todas as dores de cabeça existentes. Problemas como enxaqueca, migrânea, dor cervicogênica são outros tipos de complicações que fazem parte das cefaleias ou dores de cabeça.


Processados, certos tipos de queijo, café e chocolate.


Nota: Na maioria das vezes, alimentos desses grupos possuem um aminoácido chamado tiramina, que desencadeia crises de cefaleia em pessoas que estão propensas a esse problema. "Mesmo assim, os alimentos não são os provocadores mais comuns. Ao contrário disso, o jejum prolongado é frequentemente deflagrador de crises", diz a neurologista Thaís Rodrigues Villa, membro da SBC. Alimentos com cafeína, como o café e o chocolate, também alteram as funções de determinadas enzimas que causam dor de cabeça.

Mesmo que os analgésicos resolvam o problema, os médicos não aconselham e sempre apelar para ele. Segundo a SBC o grande número de casos de cefaleias criou na população o costume de consumir analgésicos sem prescrição médica. Desse modo, ao invés de eliminar a dor, contribuem para o agravamento da dor em longo prazo. Uma boa opção é procurar um lugar onde nossa visão e audição não sejam tão estimuladas, já que boa parte dos casos de dor de cabeça são causados por sensibilidade à luz e barulho.

As crises de cefaleia não têm idade para começar ou terminar. Crianças podem sofrer com o problema, que muitas vezes é negligenciado pelos pais. Para piorar, as crises de dor de cabeça em uma criança podem durar até 72 horas, enquanto nos adultos uma crise de enxaqueca dura em média quatro horas.

Os neurônios de quem tem enxaqueca são mais sensíveis a luz e calor, o que pode provocar inflamações nos vasos sanguíneos. Picos de pressão, também podem provocar uma dilatação nas artérias, desencadeando uma crise de cefaleia. Já o fígado e o estômago não têm envolvimento na crise de enxaqueca. "Como os sintomas de náusea, sensação de estômago pesado e, muitas vezes, vômitos fazem parte da crise de enxaqueca, acredita-se que esses são causados por doenças nesses órgãos", diz Thaís Villa.


Forçar a visão durante um período muito longo pode causar dor de cabeça.


Segundo um estudo feito pela Universidade da Carolina do Norte, pessoas que tem problemas de visão, tem aproximadamente 1,5 mais vezes de sofrer com dor de cabeça do que aquelas que estão livres desta condição. Isso acontece porque pessoas com miopia, hipermetropia e astigmatismo forçam a visão durante períodos muito longos, o que causa dor de cabeça no final do dia.


Tomar sorvete pode causar dor de cabeça? 

Sim

Muitas pessoas que já tem algum tipo de dor de cabeça crônica sofrem dores ao ingerir sorvetes ou qualquer outra substância gelada. É uma dor de pouca duração mais de grande intensidade. De acordo com o neurologista Abouch Krymchantowski, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia, acredita-se que isso ocorre por que há uma súbita e intensa contração seguida de dilatação dos vasos sanguíneos do interior da cabeça, quando a substância gelada toca o palato mole, que constitui o "céu da boca".





Quantos copos de água você bebe por dia?

Ideal : dois litros por dia, em média.


Não devemos esperar a garganta secar para ingerirmos líquidos. Devemos tomar em média dois litros de água diariamente para manter o corpo hidratado. Quando o corpo está desidratado a densidade do sangue muda, o que pode dificulta a circulação sanguínea e pode desencadear crises de dor de cabeça.


Quando você sai de casa em um dia ensolarado . . . 

Use chapéu, boné e óculos escuros para se proteger do sol.


Proteger os olhos da claridade ajuda a combater as dores de cabeça, mas isso nem sempre é o suficiente. Usar um chapéu ou boné para proteger a cabeça do calor também é importante. Quando os vasos sanguíneos da região ficam muito dilatados por causa do calor, o risco de crises de cefaleia aumenta.


Como você lida com o estresse?

Mesmo diante de situações complicadas, procura manter o estresse bem longe


Fique atento (a). O estresse está ligado a um tipo de dor de cabeça chamado cefaleia tensional episódica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleia, ela é caracterizada pela dor localizada na têmpora e nuca, tendo duração curta, porém intensa.


Você tem o hábito de fumar?

Há pesquisas que evidenciam que a nicotina tem efeitos analgésicos. Os estudos também mostram que os fumantes com dor crônica têm menos analgesia - sentem mais dor - que os não fumantes devido a mesma função entre a nicotina e analgésicos. Quanto maior for a dependência da nicotina maior será a intensidade da dor de cabeça.



Quem sofre mais com a dor de cabeça?


As mulheres

Crises agudas de enxaqueca são três vezes mais comuns nas mulheres do que nos homens, segundo a Sociedade Americana de Dor de Cabeça. Isso acontece devido à queda na produção de estrógeno que acontece durante o período menstrual. As mudanças nos níveis hormonais decorrentes do ciclo menstrual têm grande influência na maneira como o cérebro lida com a dor. Isso significa que, quando o nível de estrogênio cai, a tendência é que uma dor que passaria despercebida se transforme em algo muito sofrido.


Alimentos que combatem a enxaqueca


Confira os nutrientes que podem reduzir os sintomas da dor de cabeça.

São muitas as causas da enxaqueca, ou mesmo de uma simples dor de cabeça: falta de sono, estresse, variações de temperatura, hábitos alimentares... Ainda há, no caso das mulheres, aquela dor de cabeça típica do período pré-menstrual. De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 15% da população do planeta sofre desse mal, o que inclui, aproximadamente, 25 milhões de brasileiros afetados pela doença.


Além de usar medicamentos e evitar as causas acima, um dos poderosos remédios contra a enxaqueca pode ser o mesmo hábito que a provoca - a alimentação. Você sabia que alguns nutrientes têm o poder de aliviar os sintomas e reduzir essa complicação?

Selênio contra os radicais livres


Presente principalmente em salmão, ostras cruas, castanha do Pará, fígado de boi e farelo de trigo, o selênio é um mineral capaz de retirar os metais tóxicos do corpo. "Esses metais tóxicos, quando se depositam em nosso organismo, não só contribuem para o aumento dos radicais livres como podem causar sintomas de enxaqueca, além de elevar o risco de doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson", diz a nutricionista Roseli Rossi, da Clínica Equilibrio Nutricional.

A recomendação mínima diária de ingestão desse nutriente é de cerca de 55mcg para adultos, que é o equivalente a menos de uma castanha - fácil, não?

Magnésio para relaxar

O papel do magnésio no combate às dores de cabeça e enxaquecas foi demonstrado em uma série de estudos. De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, a concentração de magnésio em nosso corpo afeta os receptores de serotonina - substância responsável por regular a percepção a dor e disposição - bem como outros receptores e neurotransmissores relacionados à enxaqueca.

"O magnésio também tem ação relaxante, o que pode amenizar a dor de cabeça quando a causa for por estresse, ansiedade e TPM", conta Roseli Rossi.

A recomendação diária é de 400mg para homens adultos e 350mg para mulheres adultas, o que equivale a, aproximadamente, três conchas cheias de feijão preto ou 300g de espinafre, por exemplo. Além desses dois alimentos, as principais fontes de magnésio são castanhas de caju, amêndoas, semente de abóbora, pistache, alcachofra, espinafre e chocolate meio amargo.


Aproveite a ação anti-inflamatória do Ômega3

O consumo em excesso de alimentos inflamatórios, como carboidratos refinados, gorduras e embutidos, provoca a produção de substâncias pró-inflamatórias, que causam a dilatação dos vasos e, consequentemente, a dor de cabeça. Nesse caso, o ômega3 é o melhor remédio. "Ele tem ação anti-inflamatória, combatendo essas substâncias causadoras de enxaqueca", afirma a nutricionista Roseli Rossi.


Entre as fontes de ômega3 estão salmão, sardinha, arenque, atum e semente de linhaça. A recomendação diária para adultos é de 1 a 2g, o equivalente a comer 100g de salmão.


Vitamina B12 mantem o cérebro funcionando!

A nutricionista Roseli Rossi afirma que a vitamina B12 é fundamental para o pleno funcionamento do sistema nervoso, evitando alterações de sensibilidade no corpo, que podem causar crises de enxaqueca.


"O sistema nervoso pode ser comparado com um sistema elétrico, onde os nervos são os cabos por onde a eletricidade passa", explica a nutricionista. Ao redor dos nossos nervos, existe uma "capa de gordura", chamada bainha de mielina, que é fundamental para a passagem do estímulo nervoso e a proteção do nervo.


"Na falta de B12, ocorre a desmielinização, que é uma espécie de defeito na bainha de mielina", completa Roseli.


São boas fontes de vitamina B2: fígado de boi, mariscos, ostras cruas, atum, ovos e leite. A recomendação diária é de 2,4mcg em adultos.


Invista nos antioxidantes

"As substâncias antioxidantes têm o poder de fazer a varredura do excesso de radicais livres e outras substâncias tóxicas em nosso organismo", afirma a nutricionista Roseli Rossi. Essa ação contribui para o equilíbrio metabólico e o melhor funcionamento da circulação, além de ser anti-inflamatória.


"Essas propriedades funcionais podem amenizar o sintoma de dor, interferindo indiretamente, portanto, na incidência de enxaquecas", completa Roseli.

Os antioxidantes estão presentes em diversas vitaminas, por isso o ideal é incluir muitas frutas, legumes e verduras no cardápio. Cenoura, mamão, abobrinha, vegetais e frutas alaranjadas, germe de trigo, óleos vegetais, vegetais de folhas verdes, oleaginosas e frutas vermelhas são ótimas fontes.


Modere os carboidratos

Os carboidratos são a principal fonte de energia do nosso corpo. Tanto a falta quanto o excesso desse nutriente podem ser um gatilho para disfunções metabólicas, tendo como um dos sintomas a dor de cabeça. Por isso, nada de cortar os carboidratos da dieta - mas, sim, maneirar na ingestão.


As principais fontes de carboidratos são pães, arroz e massas, de preferência todos integrais, que fornecem mais fibras.


Coma de três em três horas

De acordo com a nutricionista Roseli Rossi, comer de três em três horas é importante para manter os níveis glicêmicos do organismo. Quando ficamos sem comer por muito tempo, sofremos uma hipoglicemia - baixa dos níveis glicêmicos - que pode causar dor de cabeça e pressão baixa.


Dor de cabeça aumenta o risco de depressão e distúrbios do sono


Pessoas com cefaleias também tem problemas de memória e déficit de atenção

Como se não bastassem as crises de dor de cabeça, pessoas com cefaleias, principalmente a enxaqueca, apresentam um risco maior de desenvolver outras doenças. Chamamos essa associação de duas doenças que ocorrem no mesmo indivíduo de comorbidades. Elas também são caracterizadas por dividir uma causa em comum. E quanto maior a frequência das dores de cabeça, maior a presença de comorbidades. Neste artigo, vamos conversar um pouco sobre algumas dessas doenças associadas.



Dor de cabeça e distúrbios psiquiátricos:

Pessoas com enxaqueca e cefaléia do tipo tensional têm maior frequência de transtornos como ansiedade e depressão, principalmente se apresentam dor de cabeça diariamente. Em pesquisa realizada no Setor de Cefaleias da UNIFESP, foi observado também em crianças com enxaqueca uma maior frequência de sintomas psicológicos como preocupação excessiva, oscilações de humor e agressividade.

Dor de cabeça e distúrbios de sono:


Insônia, dificuldades em manter o sono com despertares recorrentes, mexer-se muito na cama, sonambulismo, bruxismo, são distúrbios de sono mais comuns em pessoas com cefaleias, tanto em adultos como em crianças. Também em pesquisa realizada na UNIFESP, crianças com enxaqueca apresentaram uma diminuição do sono REM, fase do sono mais profunda na qual sonhamos, comprovado pelo exame de polissonografia, o que pode provocar dificuldades de atenção e memória e pior desempenho escolar.



Dor de cabeça e outras dores:

Pessoas com dor de cabeça apresentam com maior frequência e intensidade outros quadros dolorosos como dor lombar, tendinites, dor facial, e a fibromialgia, onde a dor acontece no corpo todo. Cerca de 80% das pessoas com fibromialgia também apresentam dores de cabeça, e já apresentavam a cefaléia antes da fibromialgia.



Dor de cabeça e crises convulsivas:

Vários estudos comprovaram que pessoas com enxaqueca têm maior risco de sofrer uma crise convulsiva, principalmente se tiveram um tipo de enxaqueca que chamamos enxaqueca com aura, onde além da dor de cabeça, apresentam junto com a cefaléia sintomas visuais, como embaçamento, perda visual ou pontos brilhantes na visão e formigamentos no corpo.



Déficits de atenção e problemas de memória:

Queixas sobre déficit de atenção são muito comuns em pessoas com dores de cabeça, tanto em crianças como adultos. Ainda existem poucos estudos científicos sobre essa associação, porém um estudo brasileiro pioneiro, realizado no Setor de cefaleias da UNIFESP, demonstrou que, crianças com enxaqueca, quando comparadas com crianças sem cefaleia, apresentaram maior dificuldade em atenção e memória. Alguns estudos internacionais também encontraram essas dificuldades em adultos com cefaleia.



Tonturas:

Pessoas com dor de cabeça apresentam com mais queixas de tonturas, rotatórias (vertigens) ou não, tanto na crise de cefaleia ou mesmo fora dela. Tal situação favorece a ocorrência de diagnósticos equivocados como labirintites e mudanças na pressão arterial e, como consequência, tratamentos inadequados para pessoas com dor de cabeça.



Dor de cabeça e derrames cerebrais:


Estão em grande evidência estudos que encontraram uma maior associação entre a enxaqueca e doenças vasculares como o infarto cardíaco, e principalmente os acidentes vasculares cerebrais (AVC), chamados de derrames. E esse risco é ainda mais alto em pessoas com a enxaqueca com aura, e em mulheres que tem enxaqueca e usam pílulas anticoncepcionais e são fumantes.

Se você apresenta crises de dor de cabeça, principalmente a enxaqueca, deve observar o aparecimento de outros sintomas ou doenças. A boa notícia é que o tratamento da dor de cabeça, quando bem indicado, pode melhorar também as doenças associadas. O mais importante é não deixar de lado o sinal de alerta que é a cefaleia, achando que dor de cabeça é algo simples e corriqueiro. As doenças associadas tendem a acontecer ainda mais em pessoas que apresentam dores de cabeça frequentes ou há muito tempo.


Seu xixi está saudável?

Entenda quando levantar de noite para urinar, sentir dor ou ardência são um problema.

Você faz xixi tantas vezes por dia que acaba se esquecendo de prestar atenção nele? Pois deveria ficar mais atento: segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), os problemas urinários atingem cerca de 10% da população. Essa necessidade básica indica como vai a saúde de todo o sistema urinário e ainda da próstata, no caso dos homens. E muitas vezes os problemas surgem por descuidos que chegam a ser bobos. Segundo o urologista Conrado Alvarenga, da Clínica de Reprodução Humana VidaBemVinda, de São Paulo, esquecer de tomar água durante o dia é um dos erros mais comuns quando o assunto é a saúde dos rins. Já que prevenir é o melhor remédio.

Levantar durante a noite para fazer xixi pode ser perfeitamente normal, principalmente nas épocas mais quentes do ano, quando você toma mais líquidos. "Muitas gente se esquece de tomar líquidos durante o dia e desconta a falha no período noturno, com grandes quantidades ingeridas no jantar e após o jantar", afirma o urologista Conrado Alvarenga. Isso acaba provocando a vontade de urinar durante a madrugada, o que não chega a ser um problema. Levantar à noite só deixa de ser normal quando o número de vezes aumenta progressivamente e começa a atrapalhar o sono. "Isto acontece, por exemplo, com homens com problema na próstata, que chegam a levantar três, quatro, cinco ou até mais vezes durante a madrugada".



Urina escura, muitas vezes, indica baixo consumo de água, principalmente em épocas mais quentes, quando a transpiração aumenta e há mais perda de líquido no suor e menos na urina. "Isso faz com que a urina fique mais concentrada, ou seja, com menos água", afirma o clínico geral Paulo Camiz, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Este baixo consumo aumenta o risco da formação de pedras nos rins e outros problemas urológicos associados. Alguns alimentos também escurecem a urina, como beterrabas e amoras, e algumas doenças, como a cirrose no fígado, também podem escurecer a cor da urina.

Pessoas com diabetes descompensado costumam ir muitas vezes ao banheiro ao longo do dia, isso porque o excesso de glicose no sangue precisa ser eliminado pelos rins com maior frequência. Homens com problema na próstata e mulheres com bexiga hiperativa (problema que faz com que o estímulo para a micção seja constante) também podem ir ao banheiro inúmeras vezes. O urologista Conrado Alvarenga lembra que aqueles que tomam muito líquido vão mais vezes ao banheiro, mas quando o número de vezes começa a incomodar ou atrapalhar as atividades do dia a dia, o médico deve ser procurado.

A ardência ao urinar, conhecida como disúria, é sintoma inicial de infecção urinária. Geralmente este sintoma é acompanhado de um aumento de frequência de micção, com quantidades pequenas de urina e em alguns casos até com sangramento associado. Algumas DSTs também podem causar este sintoma de ardor, principalmente quando acometem a uretra, masculina e feminina, conhecidas como uretrites. A gonorreia é um exemplo típico de uretrite.

Perder urina ao fazer um esforço o é um sinal clássico da incontinência urinária aos esforços. "O problema é muito comum em mulheres que tiveram parto normal, e bastante incômodo também", afirma o urologista Conrado. Geralmente é acompanhada de perdas urinarias com gargalhadas e com esforços físicos mais importantes. Estas mulheres muitas vezes passam a ter que usar absorventes ao longo de todo o dia, para se sentirem mais seguras. Uma boa opção no tratamento do problema é a fisioterapia uroginecológica que, com exercícios específicos, fortalece a musculatura do assoalho pélvico e trata o problema.


"Jato fraco, acompanhado de esforço urinário, é um sinal de obstrução da saída da urina da bexiga causada pela próstata", afirma Conrado Alvarenga. O crescimento prostático, causador do problema, deve ser avaliado cuidadosamente por um urologista quando trouxer dificuldades urinárias ao homem.

A vontade impetuosa de ir ao banheiro pode ser sinal de problemas. Acontece em mulheres e homens quando a bexiga se contrai para esvaziar, muitas vezes em momentos não apropriados. "Isso se chama hiperatividade do músculo da bexiga", afirma Paulo Camiz. Algumas vezes, esta urgência é acompanhada de perdas urinárias e é conhecida como urge-incontinência. Ambas as situações requerem avaliação médica especializada. A urgência é muito comum em homens com crescimento prostático sem tratamento.







Infecção urinária é mais frequente nas mulheres.
Falta de informação e demora no diagnóstico podem agravar o problema.

Você sabe qual é a especialidade do urologista? Ao contrário do que muita gente pensa, este médico não cuida apenas do aparelho reprodutor masculino, como é o ginecologista para a mulher. Na verdade, cabe ao especialista tratar de todos os órgãos que compõem o trato urinário, seja em homens ou mulheres.


Segundo relatos do urologista Wantuil Marques, não é incomum que pacientes do sexo masculino perguntem se ele atua em outra área, visto que por vezes há mulheres na sala de espera. "Essa desinformação sobre a abrangência da especialidade alcança não só os leigos, mas os próprios profissionais de saúde. Nunca é demais destacar que rins, ureteres e bexiga também estão no escopo da especialidade, que é clínica e cirúrgica", comenta.

Esta falta de informação, pode causar consequências terríveis, já que infecções bacterianas do trato urinário inferior chegam a ser até 20 vezes mais freqüentes na mulher, especialmente naquelas com vida sexual ativa. Uma das doenças urológicas que mais atinge mulheres é a incontinência urinária. Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, cerca de 20% da população feminina brasileira apresenta o distúrbio, que é caracterizado pela perda involuntária da urina. "Os principais fatores de risco são idade avançada, obesidade e partos por via vaginal", explica o urologista Gustavo Korst. "Há ainda alterações que são exclusivas delas - como a obstrução dos ureteres pelo útero grávido e a endometriose da bexiga", complementa Dr. Wantuil.

A demora no diagnóstico de diferentes patologias pode agravar infecções, além de piorar problemas como a obstrução do sistema de drenagem da urina - o que em casos mais graves ocasiona até a perda de um rim. Usualmente, elas buscam o ginecologista primeiro. Esse especialista assiste os problemas mais simples, mas costuma encaminhar ao urologista para investigação e diagnóstico. "A urologia mundial está tão atenta à questão que, nos últimos 20 anos, tem atuado no desenvolvimento de uma sub-especialidade, a Uroginecologia. Com isso, estamos cada vez mais preparados para lidar com aspectos fisiológicos do organismo feminino, inclusive durante a gravidez", conclui Dr. Wantuil.



Deficiência de vitamina D é associada à incontinência urinária


Estudo recente relaciona baixas do nutriente a problemas pélvicos nas mulheres.

A deficiência de vitamina D pode causar problemas de incontinência urinária e fecal nas mulheres. Quem indica isso é um recente estudo do National Health and Nutrition Examination Survey, nos Estados Unidos, que verificou a ligação entre os níveis de vitamina D e distúrbios pélvicos, analisando mais de 1.800 mulheres acima dos 20 anos.


Os resultados mostraram que 82% das mulheres apresentavam níveis de vitamina D considerados insuficientes pelos médicos. Ao menos um dos distúrbios pélvicos foram relatados por 23% das mulheres e os níveis médios de vitamina D foram significativamente menores entre aquelas com os distúrbios como incontinência urinária, prolapso genital (conhecido como "bexiga caída") e incontinência fecal. Em mulheres idosas, o risco de incontinência urinária foi 45% menor entre aquelas com níveis satisfatórios de vitamina D.

A vitamina D é uma vitamina essencial necessária para ossos e força muscular. O corpo produz vitamina D em resposta à exposição solar, mas a vitamina também é comumente encontrada nos alimentos. Os pesquisadores dizem que a deficiência de vitamina D já era associada a um risco maior de osteoporose e estudos recentes também relacionam o enfraquecimento dos ossos a esses distúrbios pélvicos.

Outros estudos recentes mostraram que a falta de Vitamina D no organismo pode prejudicar o tratamento de pacientes com câncer de mama e sua deficiência pode aumentar a pressão arterial . A vitamina D pode ser encontrada no leite, óleo de fígado de peixe e alguns cereais que são fortificados com essa vitamina. O corpo pode absorver boa quantidade de vitamina D com exposição à luz solar de 10 a 15 minutos duas vezes ao dia.


O que é Incontinência urinária?


Sinônimos: Perda do controle da bexiga; Micção incontrolável; Micção - incontrolável; Incontinência - urinária

A incontinência urinária (ou da bexiga) ocorre quando não é possível ter controle sobre a urina que sai da uretra, canal que leva a urina da bexiga para fora do organismo. Esse problema pode variar de um vazamento de urina ocasional até uma completa incapacidade de reter a urina.


Os três tipos principais de incontinência urinária são:

•Incontinência de esforço ocorre durante algumas atividades, como tossir, espirrar, rir ou realizar exercícios.

•Incontinência de urgência - envolve uma necessidade súbita e forte de urinar, seguida de uma contração instantânea da bexiga e a perda involuntária de urina. Não há tempo suficiente para chegar ao banheiro quando você percebe que precisa urinar.

•Incontinência de sobrefluxo - ocorre quando a bexiga não se esvazia por completo, o que leva ao gotejamento.

•Incontinência mista - envolve mais de um tipo de incontinência urinária.



Considerações

A incontinência é mais comum entre idosos. As mulheres estão mais propensas a ter incontinência urinária do que os homens.

Crianças e bebês não são considerados incontinentes, pois simplesmente ainda não aprenderam a controlar a vontade de ir ao banheiro. Acidentes ocasionais são comuns em crianças de até 6 anos. Crianças (e às vezes adolescentes) do sexo feminino podem apresentar pequenos vazamentos de urina ao rir.

A enurese noturna em crianças é normal até a idade de 5 ou 6 anos.



Micção normal

Normalmente, a bexiga começa a se encher de urina que provém dos rins. Ela se expande para permitir volumes maiores de urina.

A primeira vontade de urinar ocorre quando há cerca de 200 mL (pouco menos de 1 xícara) de urina retida na bexiga. Um sistema nervoso saudável responde a essa sensação de expansão alertando o indivíduo por meio da vontade de urinar,permitindo, ao mesmo tempo, que a bexiga continue enchendo.

Um indivíduo normal pode reter cerca de 350 a 550 ml (mais de 2 xícaras) de urina. Dois músculos ajudam a controlar o fluxo de urina:

•O esfíncter (o músculo circular ao redor da abertura da bexiga) deve ser capaz de se contrair para evitar que a urina vaze.

•O músculo da parede da bexiga (detrusor) deve se manter relaxado para que a bexiga possa se expandir.

No momento de esvaziar a bexiga, o músculo da parede da bexiga (detrusor) se contrai ou se aperta para forçar a urina para fora da bexiga. Antes da contração desse músculo, o corpo deve ter a capacidade de relaxar o esfíncter para permitir que a urina seja expelida.


A capacidade de controlar a urina depende de uma anatomia normal, um sistema nervoso funcionando normalmente e a capacidade de reconhecer e responder à vontade de urinar.

Causas

As causas são:

•Problemas anatômicos

•Bloqueio

•Problemas cerebrais ou nervosos

•Distúrbios musculares ou nervosos (distúrbios neuromusculares)

•Demência ou outros problemas psicológicos que afetam a capacidade de reconhecer ou responder à necessidade de urinar.


A incontinência pode ser de caráter repentino e temporário ou constante e de longo prazo. As causas da incontinência repentina ou temporária incluem:

•Convalescência por exemplo, durante a recuperação de uma cirurgia

•Alguns medicamentos (como diuréticos, antidepressivos, tranquilizantes e alguns remédios para tosse e resfriado e anti-histamínicos para alergias)

•Confusão mental

•Gravidez

•Infecção ou inflamação na próstata

•Acúmulo fecal causado por forte constipação, causando pressão sobre a bexiga

•Infecção do trato urinário (ou inflamação)

•Ganho de peso


Possíveis causas da incontinência de longo prazo:

•Mal de Alzheimer

•Câncer de bexiga

•Espasmos da bexiga

•Depressão

•Próstatas grandes

•Problemas neurológicos, como esclerose múltipla ou derrame

•Danos aos nervos ou aos músculos após radioterapia pélvica

•Prolapso pélvico em mulheres - queda ou deslocamento da bexiga, uretra ou reto para a área vaginal, muitas vezes relacionado a várias gestações ou partos

•Problemas na estrutura do trato urinário

•Lesões na coluna

•Fraqueza do esfíncter

•o músculo circular da bexiga responsável por abri-la e fechá-la. Isso pode acontecer após uma cirurgia vaginal ou na próstata


Cuidados em casa


Procure um médico para realizar um exame inicial e um plano de tratamento. As opções de tratamento variam, dependendo do caso e do tipo da incontinência. Felizmente, há muitas medidas que você pode seguir para ajudar a controlar a incontinência.

Os seguintes métodos podem ser usados para fortalecer os músculos do assoalho pélvico:

•Reeducação da bexiga envolve urinar em horários programados, mesmo que você não esteja com vontade. Entre esses horários, você deve tentar esperar até o próximo horário programado. Primeiro, você precisará programar intervalos de 1 hora. De forma gradual, você poderá aumentar para intervalos de 1 a 2 horas, até que passe a urinar a cada 3 a 4 horas sem vazamento.

•Exercícios de Kegel - contraia os músculos do assoalho pélvico por 10 segundos e, em seguida, relaxe-os por 10 segundos. Repita 10 vezes. Pratique esses exercícios três vezes por dia. Você pode praticá-los em qualquer lugar e a qualquer momento.

Para localizar os músculos pélvicos, ao começar a praticar os exercícios de Kegel, interrompa o fluxo de urina em meio ao ato de urinar. Os músculos necessários para esse procedimento são os músculos do assoalho pélvico. NÃO contraia os músculos do abdome, das coxas e das nádegas. E NÃO pratique os exercícios em excesso. Isso poderá cansar os músculos e agravar a incontinência.

Dois métodos chamados de biofeedback e estimulação elétrica podem ajudá-lo a aprender como praticar os exercícios de Kegel. O biofeedback utiliza eletrodos colocados sobre os músculos do assoalho pélvico, que emitem uma resposta quando os músculos são contraídos e quando estão relaxados. A estimulação elétrica utiliza uma corrente elétrica de alta tensão para estimular os músculos do assoalho pélvico. Esse procedimento pode ser realizado em casa ou durante uma consulta médica, por 20 minutos, diariamente, por até 4 dias.

O biofeedback e a estimulação elétrica não serão mais necessários quando você for capaz de identificar os músculos do assoalho pélvico e conseguir fazer os exercícios por conta própria.

O uso de cones vaginais melhora o desempenho dos exercícios de Kegel para mulheres. Há outros procedimentos para tratar a incontinência.

Para conter o vazamento, use absorventes ou fraldas para adultos. Há vários produtos, especificamente desenvolvidos, que podem ser usados sem que ninguém perceba, apenas você.




Outras medidas incluem:


•Regule seu intestino para evitar a prisão de ventre. Tente aumentar as fibras na sua dieta alimentar.

•Pare de fumar para reduzir a tosse e a irritação da bexiga. Fumar também aumenta o risco de câncer na bexiga.

•Evite o álcool e bebidas cafeinadas, principalmente o café, que pode superestimular a bexiga.

•Perca peso, se for necessário.

•Evite alimentos e bebidas que possam irritar a bexiga, como comidas picantes, bebidas gaseificadas, frutas e sucos cítricos.

•Mantenha o açúcar do sangue sob controle, caso você tenha diabetes.

Seu médico poderá recomendar medicamentos ou cirurgia, especialmente se os cuidados em casa não estiverem ajudando ou se os sintomas estiverem piorando.



Os medicamentos que podem ser prescritos incluem remédios que relaxam a bexiga, aumentam o tônus muscular da bexiga ou fortalecem o esfíncter.



A cirurgia pode ser necessária para eliminar uma possível obstrução ou deformidade entre o colo da bexiga e a uretra.


Se você tiver incontinência de sobrefluxo ou não puder esvaziar a bexiga por completo, poderá ser recomendado um cateter. No entanto, o uso de cateter pode deixá-lo exposto a possíveis infecções.

Prevenção

A prática de exercícios de Kegel durante a gravidez e logo após o parto pode ajudar a prevenir a incontinência relacionada ao parto.



Buscando ajuda médica


Converse sobre a incontinência com seu médico. Os ginecologistas e os urologistas são os especialistas mais familiarizados com esse problema. Eles podem avaliar as causas e recomendar as abordagens de tratamento adequadas.

Ligue para o serviço de emergência local (como 192) ou procure um atendimento de emergência se algum dos sintomas a seguir estiver acompanhando uma súbita perda do controle da urina:


•Dificuldade de falar, caminhar ou se expressar

•Fraqueza, dormência ou formigamento súbitos em um braço ou uma perna

•Perda da visão

•Perda de consciência ou desorientação

•Perda do controle intestinal


Ligue para o médico se:

•Você estiver com prisão de ventre há mais de 1 semana

•Você tiver dificuldade para iniciar o fluxo de urina, apresentar gotejamento, enurese noturna, dor ou ardência ao urinar, maior frequência ou urgência, urina escurecida ou com sangue

•Você estiver tomando remédios que podem causar incontinência - NÃO altere ou interrompa nenhuma medicação sem comunicar o médico.

•Você tiver mais de 60 anos e sua incontinência for recente, especialmente se estiver tendo problemas de memória ou com seus cuidados pessoais

•Você tiver vontade de urinar frequentemente, mas expele apenas pequenas quantidades de urina

•Você sentir a bexiga cheia mesmo após ter acabado de urinar

•A incontinência persistir por mais de 2 semanas mesmo com os exercícios para fortalecer os músculos pélvicos

Na consulta médica

O médico preparará seu histórico médico e fará um exame físico, com foco no abdome, genitais, pelve, reto e sistema neurológico.

As perguntas do histórico médico poderão incluir:


•Há quanto tempo a incontinência tem sido um problema para você?

•Quantas vezes isso acontece por dia?

•Você percebe a necessidade de urinar antes do vazamento?

•Você se dá conta imediatamente que urinou?

•Você se sente molhado a maior parte do dia?

•Você usa fraldas protetoras para casos de acidentes? Com que frequência?

•Você evita situações sociais devido a possíveis acidentes?

•Você já teve infecções urinárias anteriormente? Você acha que pode ter uma agora?

•É mais difícil controlar a urina quando você tosse, espirra, tensiona os músculos ou ri?

•É mais difícil controlar a urina quando você corre, salta ou caminha?

•A incontinência piora quando você está sentado ou em pé?

•Você está com prisão de ventre? Há quanto tempo?

•Você toma alguma providência para diminuir ou evitar acidentes?

•Você já fez algum tratamento para esse problema anteriormente? Isso ajudou?

•Você já tentou praticar os exercícios para o assoalho pélvico (Kegel)? Eles ajudaram?

•Que procedimentos, cirurgias ou lesões você já teve?

•Que medicamentos você toma?

•Você bebe café? Em que quantidade?

•Você bebe álcool? Em que quantidade?

•Você fuma? Quantos cigarros por dia?

•Você tem diabetes ou um histórico familiar de diabetes?

•Você apresenta algum outro sintoma?



Entre os exames de diagnóstico que podem ser realizados estão:

•Urinálise

•Cultura da urina, para verificar se há infecção, se for indicado

•Cistoscopia (inspeção do interior da bexiga)

•Exames urodinâmicos (exames que medem a pressão e o fluxo urinário)

•Urofluxo (para medir o padrão do fluxo de urina)

•Resíduo pós-miccional (RPM) para medir a quantidade de urina existente após a micção

Outros exames podem ser realizados para descartar a possibilidade de fraqueza pélvica como causa da incontinência. Um desses exames é chamado de teste do cotonete. Esse teste envolve medir a alteração do ângulo da uretra quando ela está em repouso e quando está tensionada. Uma alteração de ângulo maior que 30 graus costuma indicar fraqueza significativa dos músculos e tendões que sustentam a bexiga.




Fontes e referências:

Gerber GS, Brendler CB. Evaluation of the urologic patient: History, physical examination, and urinalysis. In: Wein AJ, ed. Campbell-Walsh Urology. 9th ed. Philadelphia, Pa: Saunders Elsevier;2007:cap. 3.
Holroyd-Leduc JM, Tannenbaum C, Thorpe KE, Straus SE. What type of urinary incontinence does this woman have? . 2008;299:1446-1456.
Rogers RG. Clinical practice: urinary stress incontinence in women. N Engl J Med. 2008;358:1029-1036.
Shamliyan TA, Kane RL, Wyman J, Wilt TJ. Systematic review: randomized, controlled trials of nonsurgical treatments for urinary incontinence in women. Ann Intern Med. 2008;148:459-473.


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Vitamina C: Mitos e verdades






Vitamina C evita gripe e resfriado MITO: "A vitamina C tem uma participação importante no sistema imunológico, já que fortalece os glóbulos brancos, responsáveis por combater agentes infecciosos. Entretanto, o nutriente não tem capacidade de prevenir essas doenças", afirma a infectologista Raquel Muarrek, do Hospital Leforte, em São Paulo.







Depois que se está gripado ou resfriado, não adianta tomar suplemento de vitamina C. MITO: "O suplemento pode ajudar a diminuir os sintomas das doenças e abreviar os dias de mal estar, pois fortalece os glóbulos brancos, responsáveis por combater os agentes infecciosos", diz a infectologista Raquel Muarrek.


Um adulto deve ingerir por dia entre 75 mg e 90 mg de vitamina C. VERDADE: "Mulheres acima de 18 anos devem consumir diariamente 75 mg de ácido ascórbico (vitamina C), e homens, 90 mg", diz a nutricionista Vivian Zollar, da Qualy Food Assessoria e Consultoria em Nutrição, em São Paulo, e membro das Câmaras Técnicas do Conselho Regional de Nutricionistas.


Os alimentos com maior teor de vitamina C são as frutas cítricas. VERDADE: um kiwi possui cerca de 98 mg de vitamina C, enquanto um copo de suco de laranja contém aproximadamente 150 mg do nutriente, um pires de chá de morango 50 mg, uma goiaba 184 mg, uma manga 84 mg, um caju 200 mg e um papaia 62 mg.


O organismo consegue absorver toda a vitamina C ingerida. MITO: segundo a nutricionista Vivian Zollar, o organismo aproveita entre 70% e 90% da vitamina C ingerida. E nem adianta extrapolar no consumo para aumentar a absorção, pois o efeito vai ser o contrário. "Só para ter uma ideia, a assimilação é de 87% quando você consome de uma única vez 30 mg desse nutriente, cai para 65% ao ingerir 500 mg e para 50% aos 1000 mg. Tudo devido a um mecanismo de controle de excesso de vitaminas", conta a nutricionista funcional Gabriela Maia, do Rio de Janeiro. Daí a sugestão de consumir fontes de vitamina C algumas vezes ao dia. "Três a cinco frutas já dão conta do recado", garante a nutricionista funcional Camila Borduqui, da Clínica Doutor Alan Landecker, em São Paulo.


Todo mundo deveria tomar suplemento de vitamina C. MITO: para a nutricionista funcional Gabriela Maia, a necessidade de 75 mg a 90 mg do nutriente por dia é facilmente atingida pela alimentação. "Se comer um único kiwi você já tem o que precisa", exemplifica. Porém, há casos em que a suplementação é indicada. "Quem é muito ativo, atleta, praticante de atividades físicas intensas, tem doenças crônicas, resfriados ou gripes recorrentes, fuma, bebe demais, se alimenta mal ou vive em lugares poluídos expõe constantemente o organismo ao estresse, o que aumenta a produção de radicais livres. E é sabido que a vitamina C é um excelente antioxidante", afirma a nutricionista Robena Molinari, da Clínica Patricia Davidson Haiat Nutrição Funcional, no Rio de Janeiro.


A vitamina C fortalece os vasos sanguíneos, o que beneficia o coração. VERDADE: de acordo com a nutricionista Gabriela Maia, a vitamina C é importantíssima para a formação do colágeno e da elastina, que são as maiores estruturas componentes dos vasos sanguíneos. "Por isso, o nutriente ajuda a manter a elasticidade dos vasos e, consequentemente, o bom fluxo sanguíneo, além de prevenir a formação de placas de gordura que levam ao colesterol", conclui ela.


A vitamina C oxida rapidamente. VERDADE: a vitamina se perde em contato com o ar, a luz do sol e temperaturas altas. "Para que a oxidação seja menor, é recomendado ingerir alimentos ricos em vitamina C, como frutas e hortaliças, junto com fontes de vitamina E, um potente antioxidante encontrado nos óleos vegetais, nas sementes e nos grãos", ensina a nutricionista Robena Molinari. Outros cuidados que devem ser tomados são: sempre que possível, ingerir a comida crua; guardá-la na geladeira, longe da luz; consumir imediatamente após cortá-la, descascar ou prepará-la; cortá-la em pedaços pequenos para reduzir o tempo de cozimento, e fazer isso no vapor ao invés de usar água.






A vitamina C é essencial para quem malha ou quer combater o estresse. VERDADE: "Já está comprovado que o nutriente participa da formação do colágeno, agindo na manutenção da saúde dos tendões, dos ligamentos e das articulações. Por isso, ajuda a prevenir lesões em atletas e pessoas que praticam atividades físicas intensas, como corredores", conta a nutricionista Robena Molinari. Ela completa: "A ingestão diária de vitamina C também pode reduzir e modular a produção de cortisol, um hormônio gerado em situações de estresse".


A vitamina C dos alimentos ajuda a prevenir o envelhecimento precoce. VERDADE:por ter ação antioxidante, a vitamina C combate os radicais livres que aceleram o envelhecimento celular e agilizam o aparecimento das rugas e da flacidez. "Por isso é que, em alguns casos, a suplementação é indicada a partir dos 40 ou 50 anos, quando há uma queda acentuada na produção das fibras de colágeno, que dão sustentação à pele", explica a nutricionista Camila Borduqui.






O excesso de vitamina C pode causar diarreia e alterar testes laboratoriais. VERDADE: segundo a nutricionista funcional Camila Borduqui, apesar do nutriente não ser cumulativo no organismo, uma dosagem alta, acima de 2000 mg por dia, pode causar diarreia e sobrecarregar os rins na hora de excretar o excesso por meio da urina. E não é só. "A chamada hipervitaminose (excesso de vitamina) ainda pode dar resultado falso-positivo para alguns exames laboratoriais, constando, por exemplo, que a pessoa é diabética quando na realidade ela não é. Porém, basta interromper a superdosagem que o corpo volta rapidamente ao normal", completa a especialista.


A deficiência de vitamina C pode levar até a perda dos dentes. VERDADE: de acordo com a nutricionista Camila Borduqui, entre os sintomas que podem indicar um quadro de carência de vitamina C estão: depressão, ansiedade, confusão mental, alteração de humor, hemorragia, resfriado frequente, dor óssea, fratura, perda de dente, dor de cabeça e queda na imunidade.

Há exames para dosar a quantidade de vitamina C no organismo. MITO: "Como essa vitamina não é cumulativa, se a pessoa não consumir a dose recomendada num único dia e fizer um exame nesse mesmo dia, o resultado será que ela tem deficiência. Por isso é que o ideal é analisar o quadro clínico para indicar ou não a suplementação", avisa a nutricionista Camila Borduqui.


A vitamina C favorece a absorção do ferro, ajudando a evitar a anemia. VERDADE. Daí a recomendação de, sempre que possível, consumir uma fonte de ferro acompanhada por uma de vitamina C. Na prática, você pode ingerir, por exemplo, carne com suco de caju ou pingar algumas gotas de limão sobre o feijão.










É melhor tomar o suplemento de vitamina C em jejum. MITO: "Como há uma sinergia entre as vitaminas e minerais, em que um favorece a absorção do outro, prefiro indicar que a suplementação seja feita junto com as refeições", diz a nutricionista Camila Borduqui.



Dicas para evitar a salmonela


Você sabia que é preciso lavar os ovos?


Seis em cada dez pessoas que consomem ovos crus ou mal cozidos já tiveram febre, diarreia, dor de estômago e náusea, segundo pesquisa realizada pela nutricionista Daniele Leal, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq-USP), em Piracicaba (SP).

“Esses sintomas, aí incluídos calafrio, vômito, mal-estar e dor de cabeça, são causados pela salmonela, uma bactéria presente na casca do ovo e que desde 1999 é a principal causadora de surtos de contaminação alimentar no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde”, completa ela.

Além de evitar consumir o alimento cru ou mal-cozido, uma dica para evitar a doença élimpar os ovos e tirá-los da embalagem antes de guardá-los na geladeira. Além disso, é bom não deixá-los na porta, já que o abrir e fechar pode causar rachaduras e permitir a entrada da bactéria no ovo.

A nutricionista da Esalq-USP explica que o habitat da salmonela é o intestino da galinha, daí a contaminação da casca acontecer na hora em que o ovo é posto. Isso também explica por que outros alimentos podem ser infectados com a bactéria se o cozinheiro manipular o ovo e, na sequência, mexer em outras comidas sem antes lavar a mão com água e sabão ou detergente.

Na hora do consumo, antes de quebrar o ovo, é preciso lavá-los: "O correto é lavar o ovo com água corrente, secar a casca, quebrá-la e, na sequência, lavar e secar as mãos para evitar que outros alimentos sejam contaminados pela salmonela", diz a nutricionista Daniele Leal.


Nada de se automedicar


Os sinais de uma infecção por salmonela demoram entre 18 e 36 horas para aparecer e podem durar alguns dias. “Seja qual for o caso, é preciso consultar um médico, especialmente se a pessoa tiver diarreia por mais de dois dias ou as fezes apresentarem sangue”, alerta a nutricionista Yone Yamaguchi Itabashi, analista de processos de gerência de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

Quanto ao tratamento, o infectologista Ricardo Cantarim Inacio, da Santa Casa de São Paulo e do Hospital Santa Cruz, em São Paulo, conta que ele é feito com antibióticos, analgésicos, antitérmicos e hidratação por sete a 14 dias.

E atenção: nada de se automedicar ou esperar os sintomas passarem. É que, embora a salmonela mais facilmente encontrada em alimentos (a Salmonella enteretidis) dificilmente levar à morte, há outras versões da bactéria que são letais.

É o caso da Salmonella typhimuriem, que se não for tratada pode cair na corrente sanguínea e causar infecção generalizada; e da Salmonella typhi, capaz de levar à febre tifoide”, alerta a nutricionista Daniele Leal.


Veja dicas de como escolher, limpar, guardar e preparar ovos.

Na hora da compra, verifique as condições dos ovos. Além de olhar a data de validade e pegar os que estão mais frescos, leve apenas ovos que estejam limpos e inteiros

"Seja qual for o tipo, a cor do ovo ou a origem dele, é preciso lavá-lo com água corrente e secar a casca antes de quebrá-la", ensina a nutricionista Daniele Leal. Ela também alerta que o ovo orgânico não está livre da bactéria. "Não é porque a alimentação da galinha é livre de agrotóxicos que o ovo produzido por ela está livre de salmonela"

"Ovos que estiverem com a casca rachada ou quebrada devem ser descartados, pois a salmonela pode migrar e atingir a clara e a gema, além de infectar os outros ovos da caixa", avisa a nutricionista Daniele Leal, da Esalq-USP

Em casa, limpe os ovos antes de guardá-los na geladeira. Mesmo que os ovos vindos do supermercado estejam branquinhos, o que é um sinal de que foram higienizados pelo produtor, é preciso tirá-los da caixa de papelão, que pode estar contaminada com a salmonela.


"Na sequência, remova poeira, terra e resíduos de fezes da casca com pano ou papel seco, já que a casca úmida facilita a penetração da bactéria na gema e na clara. Depois, guarde o ovo na geladeira, dentro de um pote de plástico ou de vidro com tampa para evitar o contato com outros alimentos e diminuir o risco de infectá-los", ensina a nutricionista Daniele Leal. Em tempo: não use recipiente de madeira, pois eles são porosos e, por isso, fonte fácil de contaminação.

Guarde os ovos dentro da geladeira, e não na porta. A orientação, do Centro de Vigilância Epidemiológica, órgão ligado ao governo, tem a ver com o risco de, com as batidas da porta, os ovos racharem ou quebrarem e a salmonela atingir a clara e a gema.

Na hora do consumo, antes de quebrar o ovo, é preciso limpá-lo novamente. "O correto é lavar o ovo com água corrente, secar a casca, quebrá-la e, na sequência, lavar e secar as mãos para evitar que outros alimentos sejam contaminados pela salmonela", diz a nutricionista Daniele Leal.

Não coma ovo cru nem mal passado. Segundo a nutricionista Yone Yamaguchi Itabashi, analista de processos de gerência de nutrição do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, fritar o ovo deixando a gema mole ou usá-lo em receitas que não vão ao fogo nem ao forno, como mousse, maionese e cobertura de bolo, é arriscado. "Tanto a gema quanto a clara devem estar bem cozidas", completa ela.

Cozinhe bem o ovo. A nutricionista Daniele Leal afirma que o correto é cozinhar o ovo por sete minutos, que devem ser contados a partir do momento que a água começar a ferver.



sábado, 18 de agosto de 2012

5 mitos sobre o estresse

Apesar de ele estar na boca - e na mente - do povo, controlá-lo não é uma tarefa tranquila. SAÚDE vai além do senso comum e, baseada na ciência, aponta as medidas que acalmam pra valer.




Morar no último andar de um prédio garante uma bela vista. Por outro lado, implica longas viagens de elevador ou de escada. Em outras palavras, dependendo de como se encara a situação, a cobertura vira um sonho ou um aborrecimento. "Com o estresse, ocorre algo semelhante: o fato em si importa menos do que a maneira como é assimilado", avalia a psicóloga Valquíria Trícoli, vice-presidente da Associação Brasileira de Stress. A confusão, entretanto, começa na hora de decidir o que fazer para lidar com o nervosismo. Certas práticas que aparentemente esfriam a cabeça podem, na verdade, acabar esquentando os ânimos. "Estamos mais preparados para gerenciar o estresse. Só que, por falta de informação, as pessoas cometem erros que as prejudicam ainda mais", reforça o psicólogo Esdras Vasconcellos, da Universidade de São Paulo. Chega o momento de introduzir as atitudes que causam uma tempestade na massa cinzenta e as correções que asseguram a bonança cerebral. Vamos aos mitos.



1 - NÃO SE PROGRAME

A língua portuguesa é ambígua em alguns casos. No dicionário Houaiss, por exemplo, a palavra relaxado caracteriza tanto os indivíduos descontraídos como aqueles negligentes. E até por causa desse encontro de significados muita gente crê piamente que a displicência é sinônimo de calmaria. Todavia, isso não poderia estar mais longe da realidade. "Priorizar certos assuntos, organizar-se e manter uma agenda dos eventos são passos importantes para manter a serenidade", revela Ana Maria Rossi, psicóloga da Clínica de Stress e Biofeedback, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Afinal, aí estão enumerados jeitos simples de se preparar para enfrentar o que vem ao longo do dia e, então, evitar surpresas desagradáveis ou instantes embaraçosos, dois fatores capazes de alavancar os níveis de adrenalina no organismo. Mas que fique claro: a disciplina precisa ser acompanhada de flexibilidade. "Ficar engessado também atrapalha, porque qualquer imprevisto pode desencadear nervosismo", esclarece Ana Maria.



2 - MEDITE!

A tal arte milenar oriental, assim como a ioga ou até o tai chi chuan, é preconizada como um dos alívios mais eficazes para a tensão excessiva. Ela realmente tem seu valor, porém somente para quem a aprecia. Forçar alguém reconhecidamente elétrico a ficar imóvel enquanto se concentra em seu próprio corpo, além de não adiantar nada, contribui para o surgimento de uma sensação precursora do estresse: a ansiedade. "Determinados pacientes relaxam mais com exercícios físicos, outros com a leitura, e há quem aposte nas músicas", elenca a psicóloga Selma Bordin, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. A regra, portanto, é investir no que você gosta. Mas para toda norma há uma exceção. "Um jogo de cartas, se ficar muito competitivo, torna-se igualmente estressante", exemplifica Esdras Vasconcellos. "É importante valorizar a diversão nesses momentos em vez de se concentrar somente na vitória ou na derrota", acrescenta. 

 3 - FALE ATÉ FICAR ROUCO!

Discutir a perda de um emprego ou a de um ente querido auxilia a superar o trauma. Entre outras coisas, o próprio ato de falar exige uma organização prévia do pensamento — premissa essencial para passar por cima das pedras que atravessam o seu caminho. Acontece que, em contrapartida, a insistência no assunto quase sempre culmina em nervos exaltados. "A mente não trabalha com tempos diferentes. Um evento passado, se relembrado, vem para o presente", explica a psicóloga Ana Maria Rossi. Isso quer dizer que remoer tópicos desagradáveis de tempos atrás com os amigos costuma terminar em irritação. O pior é que isso não ocorre só porque a questão continua a rondar as conversas do sujeito. Na verdade, as próprias palavras dos companheiros às vezes causam desconforto por se oporem ao raciocínio do estressado do momento. Por isso, os especialistas aconselham buscar parceiros de papo que sejam bons ouvintes e que busquem apenas aprofundar o debate. "Ajuda mais quem não emite opiniões. Caso contrário, aquele processo de estruturação das ideias é inibido", relata Selma Bordin.



4 - NUNCA DURMA NERVOSO

Em um mundo ideal, as preocupações ficariam restritas ao período em que o sol dá as caras. Mas, na realidade, cada vez mais elementos interferem no equilíbrio do dia — e muitos deles não têm medo do escuro da noite. Por isso, sejamos sinceros: aquela velha máxima de não levar problemas para a cama é difícil de ser aplicada ao pé da letra. E, mais do que isso, se trocamos horas de sono para resolver pendências, o risco de o estresse despertar junto com você aumenta. "Há estudos que relacionam um sono inadequado à secreção de hormônios como o cortisol, ligado ao estresse", aponta Rafael Freire, psiquiatra da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Uma estratégia que traz bons resultados é, em vez de resolver o que o atormenta na calada da madrugada, traçar um planejamento do que realizar ao amanhecer para solucionar a situação. Essa luz no fim do túnel serve como calmante e, de quebra, agiliza a resolução de fatores enervantes.



5 - SEMPRE RECORRA AOS FAMILIARES

As pessoas da sua família, até pela intimidade, servem como válvula de escape em muitas ocasiões. E a ciência realmente comprova que uma boa estrutura em casa reduz a inquietação excessiva. Agora, há momentos e momentos para apelar à mãe, ao pai... Na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, pesquisadores observaram que, durante uma atividade aflitiva, voluntários colocados ao lado do seu animal de estimação apresentavam a frequência cardíaca e a pressão sanguínea mais controladas do que os participantes que ficavam junto do marido ou da mulher. Isto é, se um irmão ou mesmo um primo podem até servir como um bom ouvido, aquele companheiro peludo e de quatro patas funciona melhor para atenuar os efeitos do estresse. "O bicho é afetivo, não cobra nada e ainda tira o foco do tormento", declara a psicóloga Valquíria Trícoli. Sem contar que a proximidade entre indivíduos com o mesmo sobrenome gera, em certos temas, exigências que só intensificam o desassossego.



RESPIRE FUNDO!

Pôr oxigênio para dentro e gás carbônico para fora não é tão fácil quanto parece. Ao longo da vida — e inclusive por causa de traumas ou acontecimentos emocionalmente marcantes —, a respiração vai ficando apressada. Isso, por sua vez, não contribui em nada quando os circuitos cerebrais já estão funcionando sob alta tensão. É por essas e por outras que os especialistas são unânimes: usar e abusar do diafragma, o músculo responsável por encher e esvaziar os pulmões, ajuda demais a manter a paciência. "Na hora de lidar com um desafio estressor, respirar profundamente oxigena as células cerebrais e serve como elemento tranquilizador", afirma a psicóloga Marilda Lipp, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no interior paulista.   


  Faça terapia

Se nenhuma das alternativas acima surtiu efeito, o melhor é procurar ajuda especializada. A terapia geralmente empregada é a cognitiva comportamental. O terapeuta tenta minimizar o incômodo que uma determinada situação provoca no indivíduo.
Aquela ansiedade exagerada que surge quando a gente espera horas a fio numa fila de banco muitas vezes não tem uma causa lógica. É isso o que o especialista tenta demonstrar ao paciente, fazendo com ele questione os motivos que o levam a se estressar em demasia. No final das contas, a pessoa passa a enfrentar de uma maneira melhor os entraves diários


O lado bom do estresse

Manter a tensão elevada pode melhorar a memória

A tensão elevada é vista como inimiga do bem-estar. Mas trabalhos recentes ao redor do globo demonstram que essa sensação pode auxiliar no armazenamento das lembranças. "Quem fica relaxado em reuniões, por exemplo, tende a não memorizar boa parte da discussão. Se a pessoa está um pouco estressada, a concentração aumenta e, aí, os fatos são retidos", pondera a psicóloga Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association do Brasil. Só que há um detalhe: isso vale para casos em que esse estado de excitação não seja intenso ao extremo ou dure muito mais do que uma hora. Caso contrário, a mente entra em pane.


Problemas relacionados ao estresse

Transtorno de Ansiedade Generalizada


Qualquer probleminha vira um problemão para aqueles que sofrem desse mal. "A preocupação com tudo é tão forte que o indivíduo acorda e vai dormir ansioso ", explica o psiquiatra Leonardo Gama Filho, chefe do serviço de saúde mental do Hospital Lourenço Jorge. Tanta ansiedade traz consequências inconvenientes. O portador do transtorno geralmente tem sono agitado , sente o coração bater acelerado e o suor escorrer pela testa a todo momento e os músculos doem como se o corpo todo estivesse travado.


Pânico

Uma crise de ansiedade aparece sub i tamente e passa depois de uns vinte minutos. É a síndrome do pânico. E nem precisa de um fator desencadeante, como uma situação de forte tensão. Novamente, quem sente é o coração, que bate tanto que parece querer sair pela goela. Tontura, falta de ar e uma enorme sensação de desconforto por todo o corpo acompanham a crise.


Fobias

São aqueles medos exagerados de aranhas, por exemplo, ou de ficar muito tempo em lugares fechados. A aversão é tamanha que a vítima evita ao máximo a exposição a situações em que o desespero pode dar as caras. Há também a chamada fobia social. " A pessoa se afasta do convívio com estranhos por medo de ser ridicularizada. É uma timidez doentia", comenta Leonardo.



Transtorno de estresse pós-traumático

Trata-se de um mal cada vez mais comum nos grandes centros urbanos. Isso porque ele costuma aparecer, como o próprio nome sugere, depois de uma experiência traumática, como um assalto ou um acidente de carro. " Quem passou por uma situação dessas revive o acontecimento em sonhos , mesmo acordada", diz o psiquiatra. O sofrimento chega a ser tanto que pode levar a um quadro de depressão profunda.




O estresse dentro de casa



É só um exemplo. O pai chega bufando do trabalho, morto de cansaço. A mãe, assim que o vê entrar, vai logo reclamando dos problemas da casa e o filho, ansioso, exige atenção para o desenho que fez na escola. É praticamente certo que o homem não dê bola para nenhum dos dois. Afinal, ele teve um dia difícil. “Nessa hora é bom dar um tempo até a pessoa relaxar. Por outro lado, é importante ouvir o que a meninada tem a dizer toda vez que puxa conversa”, aconselha a psicóloga clínica Jadete Calisto, de São Paulo. Os pais são a primeira referência da criança, que vai reproduzir em sociedade o comportamento que vê em casa. Enervar-se à toa pode ser apenas um jeito de imitar o papai estressado.



  Três estratégias contra o estresse

Engarrafamentos, reprovações na faculdade, problemas profissionais, espera no aeroporto... Levante a mão quem nunca ficou com os nervos à flor da pele diante de uma dessas situações. Felizmente, há formas de evitar que seu pavio fique ainda mais curto. Tudo depende de como a gente lida com os acontecimentos.

É o que prega a terapia cognitiva comportamental, hoje uma das linhas da psicologia mais em voga quando o assunto é tratamento do estresse. De acordo com essa corrente, os eventos em si não são estressantes. Na verdade, é a forma como os encaremos que pode ou não deflagrar toda a tensão. SAÚDE! conversou com José Roberto Leite, especialista na terapia e professor da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp. Abaixo, ele recomenda três estratégias para você não se tornar refém do estresse no dia-a-dia.

Respire fundo

Medite

Faça terapia









               

Livre-se da gordura no fígado

Cerca de 20% dos brasileiros sofrem com a esteatose hepática. Aprenda sete estratégias à mesa que ajudam o órgão a perder a gordura.


Maneire no carboidrato

´Ele é o grande vilão da história´, define a nutricionista Luciana de Carvalho, do departamento de gastroenterologia da Universidade Federal de São Paulo. "Isso não significa que pães e massas devam ser abolidos do dia a dia", esclarece a especialista. "Mas é preciso consumi-los com moderação."




Cuidado com algumas gorduras

Quem se abarrota de carnes vermelhas, manteiga, frituras e biscoitos industrializados leva para dentro do organismo um batalhão de gorduras saturada e trans. Daí, a silhueta e, claro, o fígado engordam.





Invista nas fibras

A aveia, o farelo de trigo, as massas integrais, as frutas e as verduras são exemplos de fontes dessas substâncias que se revelam grandes aliadas de um fígado em forma.






Aposte nas gorduras do bem

Estamos falando dos ácidos graxos monoinsaturados e dos parceiros polinsaturados. Com o perdão dos palavrões, são essas as gorduras que merecem respeito porque ajudam o fígado emagrecer.





Conte com eles: Os antioxidantes

 Ícones de qualquer alimentação balanceada, os vegetais são os principais reservatórios das substâncias que enfrentam os radicais livres, moléculas que podem prejudicar o corpo - e o fígado.





Atenção ao álcool

Eis um assunto que merece bastante cautela. Quando o fígado engorda mas ainda não se tornou refém inflamações - só nesses casos -, pode-se tomar até uma taça de vinho tinto (de 100 a 200 mililitros) por dia.




Perca peso, mas vá devagar

Perca peso, mas vá devagar É necessário manter o rigor - aliando a dieta à prática de exercícios físicos - para emagrecer, mas é loucura tentar mandar para o espaço quilos e quilos num curto espaço de tempo.





Melancia contra impotência sexual

Esta é para aplacar a fome dos homens por boas-novas: cientistas americanos encontraram na melancia uma substância que agiria da mesma maneira que um medicamento contra a impotência sexual. Mas haja fatia, haja suco!




Deu no Washington Post. Depois, em outros jornais importantes americanos. Daí a notícia correu solta e a melancia virou manchete em outros cantos do planeta. É que, segundo pesquisadores da Universidade do Texas, um nutriente da fruta, a citrulina, agiria de forma semelhante ao princípio ativo de um famoso comprimido para impotência aquele azulzinho. A idéia já levanta o ânimo da legião de homens que sofrem só de pensar na tão assustadora disfunção erétil.

A tal citrulina seria precursora de compostos essenciais à formação do óxido nítrico. Produzida pelo nosso corpo, essa substância tem como maior mérito relaxar os vasos sangüíneos que, no caso do homem, participam ativamente da ereção. O componente da melancia sofre reações químicas que abrem caminho para a passagem do sangue e facilitam a transmissão de impulsos nervosos do cérebro até os nervos do pênis, esclarece a nutricionista Lillian de Carla SantAnna, do Hospital do Coração, em São Paulo. A questão é: embora a citrulina seja encontrada na polpa suculenta e vermelha, sua presença ali é bem tímida. Ela se concentra mesmo é naquela parte branca que, cá entre nós, ninguém engole. Ou seja, não se sabe quantas melancias seria preciso um homem devorar ou quantos copos de suco sorver para garantir o desempenho na cama.

Em entrevista a SAÚDE!, Bhimu Patil, diretor do Centro de Aprimoramento de Frutas e Vegetais da Universidade do Texas, lembra: A investigação sobre os efeitos da substância no desempenho sexual masculino foi realizada apenas em laboratório. E faz outra ressalva: Os estudos clínicos em seres humanos precisam ser conduzidos por médicos. Por isso, ainda não é possível saber quantas porções da fruta seriam necessárias para obter o resultado prometido. Ainda mais cético, Carlos Teodósio da Ros, chefe do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, emenda: Enquanto a eficácia da fruta não for cabalmente comprovada, é prudente que o tema seja tratado como mera especulação.

Já Patrícia Amante de Oliveira Soares, geriatra do Hospital do Coração, mostra-se empolgada: As primeiras evidências sobre os benefícios da melancia são auspiciosas e chegam para motivar médicos e pacientes. A nutricionista Andréa Esquivel, que é especialista em gastronomia e gastrenterologia em São Paulo, reforça a importância de uma alimentação balanceada: Sem isso e sem a prática regular de exercícios físicos, nenhum nutriente em especial fará efeito.



MELANCIA E CIA

Celebrada por outros predicados, como o alto teor de licopeno comprovadamente eficaz contra o câncer de próstata , e os bons teores de vitamina C e potássio, a fruta não é, porém, a única que dá uma forcinha à vida sexual dos homens. Algumas ervas, caso do gengibre, da hortelã, da canela do cardamomo, também ajudam na hora H. A dica é consumi-las em forma de suco e chá, junto com uma refeição leve, diz Andréa Esquivel. Importante frisar: se é verdade que a ação é quase imediata, também é certo que é momentânea. Ou seja, o ideal é que o consumo se dê pouco antes da relação sexual. Muito antes, simplesmente não funciona.




A dieta do homem com H



A nutricionista Andréa Esquivel, especialista em gastronomia e gastroenterologia, de São Paulo, conta quais são os alimentos que favorecem o bom desempenho sexual masculino e o que evitar para que a performance não dê chabu:



1) Gorduras saudáveis, presentes nos peixes, no azeite de oliva e nas frutas oleaginosas, favorecem o fluxo do sangue pelo corpo inteiro, beneficiando também a região genital. Mas não pense que o efeito é imediato. Só o consumo regular desses alimentos, que, diga-se de passagem, melhoram a saúde em geral, faz diferença na cama -- e de forma persistente.


2) Quem ingere muito doce pode ter momentaneamente uma alta concentração de açúcar no sangue, o que dificulta a circulação nos corpos cavernosos do pênis. E aí, já viu: a ereção, se ocorrer. não vai ser lá grande coisa.




A ejaculação precoce pode estar com os dias contados.

Antes da Hora


A ejaculação precoce, que afeta 30% da população masculina no mundo, pode estar com os dias contados.

Foi dada a largada. Eufóricos, competidores se esforçam, suam a camisa. Ao atingir a reta final o suposto vencedor percebe que perdeu o melhor da festa. É mais ou menos assim que se sentem os homens que sofrem de ejaculação precoce. Felizmente esse problema, que costuma devastar relacionamentos, logo, logo deve ter um fim graças a um novo remédio. Trata-se da dapoxetina, um antidepressivo classificado como inibidor seletivo da recaptação da serotonina (SSRI, em inglês).

Ele é da mesma família de drogas como a fluoxetina, um dos medicamentos mais receitados para quem sofre de uma tristeza sem fim. Desde que substâncias assim se popularizaram no tratamento da depressão, notou-se que possuíam o curioso efeito colateral de retardar a ejaculação. Daí passaram a ser usadas também contra o problema. Os antidepressivos, empregados paralelamente ao aconselhamento psicológico, tornaram-se comuns nos tratamentos para aumentar o tempo médio de duração da relação sexual.

Só que essas drogas podem provocar problemas de pele, diarréia, boca seca, náuseas e aumento de peso. Além disso, só fazem efeito depois de pelo menos dez dias de uso. Com a dapoxetina, entretanto, esse quadro tende a mudar. É o que mostra um estudo realizado pela Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos — o primeiro a testar o princípio ativo contra a ejaculação precoce. Publicado em setembro na revista médica inglesa The Lancet, ele demonstrou que a dapoxetina aumenta de três a quatro vezes a duração do ato sexual, com a vantagem de o usuário poder ingeri-la poucas horas antes de transar.

Como ela é eliminada rapidamente, não produz efeitos colaterais — outro ponto a favor. No estudo americano, 2,6 mil homens foram submetidos a testes com a substância. Parte deles recebeu a dapoxetina, enquanto a outra ingeriu um placebo. Em média todos ejaculavam menos de um minuto depois de iniciar a relação. Doze semanas depois, entre os que engoliram o medicamento o tempo subiu para mais de três minutos.

Responsável pela pesquisa, o urologista Jon Pryor, que também é diretor do Departamento de Cirurgia Urológica da Universidade de Minnesota, acredita que o medicamento será revolucionário. "Um dos aspectos mais importantes dessa pesquisa é que a opinião da parceira foi considerada na avaliação", explica. As mulheres dos voluntários participaram ativamente do estudo, controlando a duração de cada transa — ops, teste — por meio de um cronômetro.

A dapoxetina ainda está em fase de registro na FDA, agência federal americana que controla
medicamentos. A Johnson & Johnson, que detém a patente, e seu braço farmacêutico, a Janssen Cilag, afirmam que ainda não há data definida para colocar o produto nas prateleiras, mas no meio médico acredita-se que isso vá acontecer logo. Qual seria o tempo considerado desejável até o homem ejacular durante o sexo? Ninguém é rígido com o cronômetro.A comunidade médica considera ejaculador precoce o indivíduo que atinge o clímax antes do momento desejado. "Como isso é subjetivo, a maioria das pesquisas clínicas adota o prazo de dois minutos como parâmetro de normalidade", afirma o urologista Eduardo Bertero, chefe do setor de Andrologia do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo. "A média dos pacientes é de quatro a cinco minutos", contrapõe a psiquiatra Carmita Abdo. "Não há um tempo limite, mas o ideal para a maioria seria de dez a 15 minutos", opina o urologista Mário Paranhos, chefe do setor de Medicina Sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Com tanta variação, há pelo menos um consenso: o problema sempre provoca uma enorme insatisfação no casal. Uma pesquisa realizada pela psiquiatra Carmita Abdo indica que 25,8% dos brasileiros sofrem de ejaculação precoce. A pressa nacional não é discrepante da estimativa mundialmente aceita de 30%. Aliás, a ejaculação precoce é o distúrbio sexual masculino mais prevalente, superando até a dificuldade com ereção e acontecendo em qualquer faixa etária.

Tudo começa — e, para desprazer geral, termina — quando as áreas cerebrais que controlam a ejaculação — na hipófise e no hipotálamo — não respondem adequadamente aos estímulos sexuais, que são transmitidos principalmente pelos órgãos genitais. Uma das hipóteses para a ação da dapoxetina é de que, ao aumentar a quantidade de serotonina nos centros cerebrais do prazer, ela reduziria a ansiedade e também a libido, além de tornar as secreções mais densas. Assim, a ejaculação se retardaria um pouco mais.

A chegada de medicamentos que melhoram a performance de quem é ligeiro na cama deverá disparar outra corrida — às farmácias, bem entendido, como aconteceu quando surgiram as primeiras drogas contra a impotência. Mas, saiba, a dapoxetina exigirá receita médica, como todo antidepressivo. E não turbina o sexo de quem goza no tempo certo.


Causa da ejaculação precoce



A maioria dos especialistas aponta os fatores emocionais como a mais provável causa da ejaculação precoce. "Ainda há muita polêmica sobre isso, mas sem dúvida a ansiedade é um sintoma presente em todos os pacientes com o problema", afirma a psiquiatra Carmita Abdo, professora da Faculdade de Medicina da USP e coordenadora do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.


Segundo ela há dois tipos de ejaculador precoce: os primários, que sempre ejacularam em um zás-trás, e os secundários, que passam a gozar ligeiro em fases de muito estresse. Há teorias, ainda não comprovadas, que apontam nos dois casos um possível distúrbio em um receptor responsável pela reabsorção da molécula de serotonina no cérebro.


Técnicas contra ejaculação precoce



Há um motivo a mais para incentivar a ioga entre os homens. Essa prática milenar inclui um exercício chamado mulabanda, que treina o controle da ejaculação. Ele consiste na contração e no relaxamento dos esfíncteres. A pessoa faz pressão, como se precisasse ir urgente ao banheiro, e com isso tonifica os músculos da uretra, canal importante no controle da ejaculação.


Há outras técnicas, que nada têm a ver com ioga, mas igualmente úteis, segundo os especialistas. Eles recomendam, por exemplo, um exercício denominado stop-start: o homem se masturba e interrompe o movimento antes de ejacular. Ou ainda a penetração sem mexe-mexe, para que ele se habitue a ter o contato sexual com menor ansiedade, quebrando o reflexo condicionado penetração-ejaculação.


Ejaculação precoce: o que fazer?



O QUE AJUDA


• Variar as posições sexuais, dando preferência àquelas que reduzem o contato corporal e diminuem a excitação. O tradicional "papai e mamãe" é um estraga-prazeres, já que o toque entre os corpos é maior e a ejaculação chega mais rápido.

• Masturbação antes da transa. Pode ajudar a reduzir a ansiedade, principalmente se a pessoa não faz sexo regularmente.



O QUE ATRAPALHA

• Usar anel peniano para prolongar a ereção. O dispositivo é extremamente prejudicial à saúde. Há risco de lesar tecidos do pênis e até mesmo de provocar a morte deles.

• Cirurgia para reduzir a sensibilidade. Consiste na cauterização ou remoção de terminações nervosas do pênis. Saída radical, a operação pode levar aproblemas permanentes de ereção.










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