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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Dicas sobre o comportamento do seu bebê.

Saiba quais são os preceitos passados através das gerações que você deve ter em mente e aqueles que devem ser esquecidos





Bebê não entende discussão de adulto.


MITO. A criança pode não compreender o que está sendo dito, mas percebe o ambiente estressado e as vozes alteradas dos pais. Aí, sente-se insegura e angustiada, e pode chorar e até acordar de madrugada. E o impacto não é momentâneo. Ela leva essas questões ao longo da vida. “Pode se tornar uma criança tímida, que tem dificuldade de se relacionar, ou o contrário, e ser impulsiva, que só sabe pedir alguma coisa gritando”, afirma Marta Pires Relvas, neurobióloga e psicopedagoga, professora de neurociência e aprendizagem da Faculdade Integrada AVM (RJ).



Se bater no rosto de alguém, é porque vai ser agressivo.

MITO. Isso faz parte do comportamento dele. Pode ser uma forma de fazer carinho – e aí você precisa ensinar o jeito certo – ou uma maneira de chamar atenção porque percebeu que você ficou atento ao que aconteceu. Tenha paciência e não encare como um tapa. Explique que não é legal e que pode machucar.



Recém-nascido pode viajar de avião.

VERDADE. Converse com o pediatra e veja as regras para embarque com a companhia aérea. A TAM, por exemplo, permite que bebês com oito dias viajem mediante atestado médico. Na decolagem e no pouso, para aliviar a pressão, amamente. E fique tranquilo: recém-nascidos não têm mais chances de desenvolver dor de ouvido que qualquer outra criança mais velha. Se a viagem não for imprescindível, espere ele completar 3 meses, porque aí o sistema imunológico vai estar mais fortalecido.



Não faz diferença ler histórias para bebês.

MITO. Seu filho pode não entender o conteúdo de um conto dos Irmãos Grimm, mas, com poucos meses, vai começar a construir uma história com o próprio imaginário a partir da maneira como você conta e a entonação da voz que usa. Essas imagens estão relacionadas com a linguagem: significa que ele vai ter mais familiaridade com as palavras, conseguir se expressar melhor e ser um bom ouvinte. E ali tem início o primeiro contato dele com a literatura infantil. Se você mora em São Paulo, aproveite o evento da CRESCER sobre leitura para bebês que vai acontecer este mês (saiba mais na seção Cuca Bacana desta edição).



Festa deixa a criança agitada.

VERDADE. Algumas ficam mais sensíveis, choram e podem ter até dificuldade para dormir. Mas não significa que você não possa sair com seu filho. Nos primeiros meses, prefira festas menores, em que o som não é tão alto e onde você possa deixá-lo em um local tranquilo quando chegar a hora dele descansar.



Vai dar bronca? Nem adianta!

MITO. Adianta, sim, mas não é uma bronca. Você tem que explicar por que ele está sendo repreendido. É provável que seu filho tente de novo, e de novo... Repita a explicação quantas vezes for necessário. Durante toda a infância você vai ter que falar, e explicar, e repetir de novo. Isso é educar. E sempre com toda a paciência do mundo.



DVD educativo deixa o bebê mais inteligente.

MITO. Há DVDs que prometem estimular seu filho e até encorajá-lo a descobrir o mundo. Mas nessa idade o bebê aprende se relacionando com outras pessoas. Mauro Muszkat, neurologista, coordenador do núcleo de atendimento neuropsicológico infantil interdisciplinar do departamento de psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, explica que, caso a criança assista a muita TV, pode até ter problemas no seu desenvolvimento. “As imagens são tão rápidas que o cérebro desenvolve menos o córtex pré-frontal, área que envolve a manipulação e o armazenamento de informações, o que gera dificuldade para se concentrar.” A Associação Americana de Pediatria não recomenda programas televisivos ou em qualquer outra mídia para crianças com menos de 2 anos.



FONTES: ALESSANDRO DANESI, PEDIATRA DO HOSPITAL SÍRIO-LIBANÊS (SP); ANA PAULA MOSCHIONE CASTRO, PEDIATRA E ALERGISTA, DO INSTITUTO DA CRIANÇA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS (SP); BÁRBARA PAULETTI, ENFERMEIRA DO BERÇÁRIO DA MATERNIDADE PRÓ-MATRE (SP); CÁTIA FONSECA, PROFESSORA DO DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU/UNESP; MARIA CRISTINA SENNA DUARTE, PEDIATRA, ESPECIALISTA PELA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA; JOSÉ MARTINS FILHO, PEDIATRA E EX-REITOR DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (SP); MARIANA TICHAUER, PSICÓLOGA CLÍNICA E TERAPEUTA FAMILIAR, DA CLÍNICA MULTIDISCIPLINAR EDAC (SP); MARTA PIRES RELVAS, NEUROBIÓLOGA E PSICOPEDAGOGA, PROFESSORA DE NEUROCIÊNCIA E APRENDIZAGEM DA FACULDADE INTEGRADA AVM (RJ); NILTON KIESEL FILHO, PEDIATRA, COORDENADOR MÉDICO DA EMERGÊNCIA DO HOSPITAL PEQUENO PRÍNCIPE (PR); MAURO MUSZKAT, NEUROLOGISTA, COORDENADOR DO NÚCLEO DE ATENDIMENTO NEUROPSICOLÓGICO INFANTIL INTERDISCIPLINAR DO DEPARTAMENTO DE PSICOBIOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO PAULO; ROBSON FREDERICO CUNHA, ODONTOPEDIATRA, DA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE ARAÇATUBA/UNESP


6 deslizes que os pais cometem quando têm filhos.

Você pode achar que não, mas vai se reconhecer em alguns dos principais erros selecionados pelos especialistas. Essa é a hora de corrigi-los!


1 - Criar cardápio especial (só com o que ele gosta!)


A gente sabe que fazer uma criança comer dá trabalho, e muito! Mas é fundamental insistir. É provável que toda vez que seu filho provar um novo alimento, faça careta e até cuspa. Isso não significa que ele não gostou. Estudos mostram que você deve oferecer o mesmo alimento pelo menos 12 vezes antes que ele entre para a lista do que seu filho não gosta. Quando você cede aos apelos da criança e permite que ela coma apenas o que quer é um erro. Claro que aquele pacote de bolachas pode ser mais tentador do que um prato de arroz com feijão. “Por isso, é importante controlar o tipo de alimento que a criança ingere sempre. Se for habituada a comer coisas saudáveis não vai dar trabalho quando estiver maior”, diz Gabriela Kremer, endocrinologista pediátrica do Hospital Pequeno Príncipe (PR).

Vale reforçar que você é o exemplo. Se na hora da refeição, seu filho perceber, por exemplo, que no seu prato não tem nenhum legume e no dele, sim, vai ficar difícil convencê-lo de que é importante comer esse tipo de alimento. “A criança se espelha nos pais. Assim, se eles se alimentam bem, as chances de ela fazer o mesmo aumentam”, diz Gustavo Teixeira, psiquiatra especializado em comportamento infantil, do Rio de Janeiro.




2 - Ceder aos ataques de birra...


A criança faz birra para testar os limites dos pais, expressar suas vontades e... conseguir tudo o que quer. As crises são quase um pedido inconsciente de ajuda para lidar com uma frustração. Ceder a ela é o caminho mais fácil, mas não o melhor. “Os pais devem compreender que educar também é dar limites. Em lugar algum, as pessoas podem agir como querem”, diz a psicóloga Heloisa Chiattone, do Hospital e Maternidade São Luiz (SP). Infelizmente, não existe uma fórmula infalível para acabar com a birra. Ela é importante porque faz parte do desenvolvimento e vai diminuindo aos poucos, com o amadurecimento. Perceber a birra antes de ela começar é uma forma de evitar que isso aconteça com frequência. Geralmente, é uma manha, um pedido que não pode ser realizado, um lugar muito agitado e cheio de gente ou sono, cansaço etc. E se ele explodir, mantenha a calma, mude o foco da criança e só depois converse sobre o que aconteceu.



3 – Explicar-se demais...


Por que tenho que dormir? De onde vêm os bebês? Por que tenho que tomar banho? Por quê? Questionar é normal, faz parte do desenvolvimento, mas como tudo na vida, há um limite. “Se a criança tem dúvidas reais, os pais devem, sim, se dispor a conversar e esclarecer o que quer que seja. No entanto, quando seu objetivo é se impor, chamar atenção, enfrentar, os pais devem colocar um ponto final na discussão“, diz Gustavo Teixeira.

Quando as explicações, sejam elas pertinentes ou não, se estendem muito, as crianças tendem a se dispersar. Então, quanto mais objetiva e rápida for a conversa, melhor será a compreensão. “Sermões de cinco minutos sobre o porquê disso ou daquilo acabam sendo inúteis. A criança fica confusa e se esquece do motivo da conversa”, afirma Teixeira.



4 - Impor atividades demais às crianças...


Escola, cursinho de inglês, aulas de natação, ballet... É cada vez mais comum encontrar crianças com agendas tão atribuladas quanto à de um adulto. Os efeitos dessa rotina agitada são bastante discutíveis. “Elas não podem ser sobrecarregadas, isso pode gerar estresse e consequentemente comprometer seu desenvolvimento”, diz Gustavo Teixeira. Por isso, os pais devem observar e respeitar os limites dos filhos e, claro, sempre consultá-los sobre o que mais gostam de fazer. E ter um tempo livre para brincar e fazer o que quiser.



5 - Comprar coisas desnecessárias para o bebê...

Assim que descobre a gravidez é quase irresistível não comprar tudo o que você vê pela frente. E os vendedores das lojas sabem bem disso. Mas vale a pena resistir. Separamos alguns itens supérfluos que eles dizem ser essenciais:

- Conjuntos de pagão: São compostos por uma camiseta regata, um casaquinho e uma calça de malha. Body e culote juntos cumprem a mesma função e são mais práticos.

- Saída de maternidade: É um conjunto composto por um macacão e uma manta combinando. Se quiser, você pode tentar montar um, não precisa comprar pronto.

- Cueiro: Tecido de flanela que serve para enrolar a criança. Nunca ouviu falar? Talvez porque não seja necessário.

- Luvas: Vai se mudar para a Sibéria? Não? Então, desconsidere.

- Sapatos: Criança só anda bem mais tarde... Não gaste com isso agora!

- Conta-gotas: A maioria dos remédios vem com conta-gotas.

- Espuma para banheira: Vai dentro da banheira para evitar que o bebê escorregue. Você vai deixar o bebê sozinho na banheira? Então, não precisa.

- Almofada para amamentar: Qualquer uma serve, o ideal é esperar para ver como você se ajeita melhor.

- Saia de berço: É um enfeite apenas, além de juntar pó!



6 - Medicar os filhos por conta própria...


Ainda que a criança esteja com sintomas parecidos com algum que já teve, os pais não devem dar a eles o mesmo remédio. “Medicar por conta própria é muito perigoso, já que você pode mascarar algum problema maior”, diz Alessandra. A automedicação também pode anular o efeito das medicações. Por isso, há dois anos, foram revistas as normas para a venda de antibióticos, já que o uso indiscriminado do remédio estava aumentando a resistência das bactérias. “Mesmo quando falamos de problemas simples, corriqueiros, como febre ou dor de barriga, só se pode dar aquele medicamento que foi indicado pelo pediatra da criança”, afirma a médica.

























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